O Curso

Tecnólogo em laticínios

"Profissional de nível superior que atua no setor dos laticínios”

O que é ser um tecnólogo em laticínios?

Tecnólogo em laticínios é o profissional formado em curso superior de tecnologia de laticínios, na área de beneficiamento e industrialização do leite. Esse profissional é quem planeja, elabora, gerencia, implanta e mantém os processos relacionados ao beneficiamento, industrialização e conservação do leite e de seus derivados, desde o recebimento da matéria-prima, até a obtenção e distribuição do produto final. Também é de responsabilidade desse profissional supervisionar as várias fases dos processos de industrialização, monitorar a manutenção de equipamentos, zelar pelo cumprimento das normas sanitárias e dos padrões de qualidade da marca e gerenciar a logística de distribuição, estocagem, etc.

Quais as características desejáveis para ser um tecnólogo em laticínios?

Para ser um tecnólogo em laticínios é necessário que o profissional se interesse por todo o processo de produção, desde a chegada da matéria-prima, até o consumidor final, bem como pelas suas particularidades. Outras características desejáveis são:

* responsabilidade
* dinamismo
* capacidade de observação
* capacidade de organização
* competência de liderança
* fácil entendimento de processos
* raciocínio rápido
* metodologia
* capacidade de lidar com as pessoas

Qual a formação necessária para ser um tecnólogo em laticínios?

Para ser um tecnólogo em laticínios é necessário que o profissional seja formado em um curso superior de tecnologia de laticínios, conseguindo, assim, o diploma de tecnólogo. O tecnólogo, segundo Decreto 2208 de 17 de abril de 1997 deve ser considerado um profissional de nível superior e tem direito de realizar pós-graduação Stricto Sensu (mestrado e doutorado) e / ou Lato Sensu (especialização). Tal modalidade de curso visa a formação de profissionais especializados em campos específicos do mercado de trabalho, por tal razão seu formato é mais compacto e sua grade curricular mais direcionada, tendo assim, duração média inferior à dos cursos de graduação regulares.
Principais atividades

* planejar o processo de industrialização do leite e de produção de seus derivados
* planejar, implementar, acompanhar e gerenciar todo o processo produtivo
* realizar controle de qualidade dos produtos e análises laboratoriais
* gerenciar a logística da produção, como a estocagem, embalagem, agregação de valor, etc.
* gerenciar a utilização dos equipamentos, das técnicas e do maquinário
* estudar e trabalhar no desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas de conservação, embalagem,etc.
* elaborar estudos e desenvolver pesquisas na área de conservação
* desenvolver novos produtos
* elaborar projetos de redução de custos e maximização da margem de lucro
* zelar pelo cumprimento das normas sanitárias e dos padrões de qualidade da marca
* realizar pesquisas na área que visem a maximização do aproveitamento de nutrientes do leite, a produção de produtos light, a diminuição de conservantes, etc.

Áreas de atuação e especialidades

Esse profissional trabalha no gerenciamento do processo produtivo de industrialização do leite e da produção de laticínios. Geralmente, esse profissional atua em fábricas especializadas, em fazendas de gado leiteiro, como consultor de pequenos produtores, em institutos de pesquisas científicas e tecnológicas na área, laboratórios especializados em conservação de alimentos, instituições de ensino superior como pesquisador ou professor universitário, como inspetor sanitário, entre outros.

Mercado de trabalho

O mercado de trabalho para esse profissional é amplo, visto que, o Brasil é um país de economia muito baseada, ainda, muito nos produtos primários e na produção de alimentos. O leite e seus derivados têm muita importância na economia brasileira, sendo o rebanho brasileiro, o maior rebanho comercial do mundo (na Índia, o rebanho não é considerado comercial). A crescente preocupação com a qualidade de vida e com a saúde também impulsionam pesquisas nessa área.
Curiosidades

A história dos cursos de tecnologia no Brasil remonta o final dos anos 60 e início dos 70, no âmbito federal de ensino e no setor privado e público, na cidade de São Paulo, quando aconteceram as primeiras experiências nesse sentido.
O primeiro curso superior de tecnologia foi criado no Brasil no ano de 1969, na FATEC - SP, de Construção Civil, nas modalidades: Edifícios, Obras Hidráulicas e Pavimentação. Tais cursos foram reconhecidos pelo MEC em 1973.
Durante a década de 70, essa modalidade de ensino passou por um período de crescimento, quando em 1979, o MEC mudou a política de estímulo à criação de cursos de tecnologia nas instituições públicas federais, sendo, os mesmos, extintos a partir dos anos 80. Em 1998, com o presidente Fernando Henrique Cardoso, ressurgem os cursos superiores de tecnologia, com nova legislação, que respondia às necessidades e demandas educacionais na sociedade brasileira.
Na tentativa de aprimorar, fortalecer e dar mais prestígios aos cursos superiores de tecnologia, foi elaborado pelo Ministério da Educação, em 2006 o Decreto n° 5.773/06, que estabelece o Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia. Esse documento, elaborado por profissionais da educação serve como guia para estudantes, educadores, instituições ofertantes, sistemas e redes de ensino, entidades representativas de classes, empregadores e o público em geral.

Fonte: Brasil Profissões

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.