MAPA prorroga vigência de valores da IN nº 62 previstos para 2016
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através da Instrução Normativa nº 62, de setembro de 2011, determina a composição e os requisitos físico-químicos e
microbiológicos para a qualidade do leite, com prazos para regressões
nos valores de Contagem Padrão em Placas (CPP) por Unidades Formadoras de
Colônias a cada mililitro (UFC/mL) e Contagem de Células Somáticas (CCS) por
mililitro (CS/mL), conforme mostra, em destaque, a tabela abaixo.
Porém, esses prazos foram
prorrogados por dois anos, através da assinatura de um decreto durante o
lançamento do Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite. Os novos valores
estavam datados para vigência no dia 01/07/2016 e 01/07/2017. Agora, com a revogação destas na IN 62, os novas datas dos requisitos de CPP e CCS passam a ser:
REGIÃO
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DATA DE INÍCIO
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Sul, Sudeste e
Centro-Oeste
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01/07/2018
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Norte e Nordeste
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01/07/2019
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As avaliações ficarão a
cargo da Rede Brasileira de Laboratórios de Controle
da Qualidade do Leite e da Embrapa para a caracterização da qualidade do leite
no Brasil.
Crítica –
O decreto – sensato – provavelmente foi sancionado considerando a
dificuldade dos pequenos produtores de leite em conseguir alcançar os valores
estipulados pelas leis do país. Muito embora existam programas de apoio para
tal fim, poucos destes produtores são atendidos e muitos deles, mesmo com
dificuldades, fornecem seu leite e mantém a produção de boa parte das indústrias
de laticínios.
Considero o fato sensato, pois os apoios parecem não chegar para
eles. Muitos consideram difícil mudar a cultura de produtores quanto à
realização das Boas Práticas na obtenção do leite, mas, por experiência
própria, afirmo que eles são os primeiros a quererem melhorias na sua produção.
Daí surge a pergunta: Então, o que falta para que eles alcancem os
quesitos estabelecidos pela legislação?
Falta que lhes deem opções, falta que lhes mostrem alternativas
viáveis para que aos poucos alcancem a qualidade do leite produzido.
E mais: faltam incentivos.
Nem todas as indústrias oferecem o pagamento por qualidade e esse
sim seria um belo incentivo para que todos lutassem e conseguissem não só os
valores de CPP e CCS, mas também uma matéria-prima rica nutricionalmente e
rentável para processamento.
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